Revestimentos ‘verdes’ são novas estrelas da decoração | Imóveis de Valor

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Casca de sururu, restos de tecidos, lixo eletrônico e toneladas de plástico retiradas dos oceanos: tudo isso transformado em produtos de design sofisticados e de alta qualidade para decorar ambientes. Os revestimentos “verdes” estão na moda e viraram tendência no Brasil.

A Portobello apresentou no evento a coleção Fita, cuja matéria-prima utiliza a casca de sururu — um tipo de molusco — com cimento. A empresa já havia desenvolvido outras linhas de produtos com o mesmo material, extraído da Lagoa de Mundaú, em Alagoas.

Segundo a CCO do grupo Portobello, Chris Ferreira, é um projeto social que a empresa apoia desde 2021, em parceria com dois institutos: A Gente Transforma, do designer Marcelo Rosembaum, e o Instituto Brasileiro para Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). “Agora, estruturamos a minifábrica e automatizamos processos para que a iniciativa se torne autossustentável”, informa.

Ambiente decorado com a linha da Roca Cerámica: processo produtivo pautado pela sustentabilidade — Foto: ROCA CERÁMICA / DIVULGAÇÃO

Outros lançamentos na feira também chamaram a atenção do público. A marca Lepri, por exemplo, levou a seu estande revestimentos fabricados com a reciclagem de vidros, lâmpadas fluorescentes e telas de computador.

Fora do evento, a paulistana Neobambu é referência de pisos e revestimentos de fontes renováveis. Destaque para os deques externos da Timbertech, fabricado com lixo plástico coletado dos oceanos. Importado dos Estados Unidos, tem garantia de fábrica de 50 anos. “Depois disso, ele ainda pode ser reciclado. Ou seja, é interminável”, explica a sócia e cofundadora da Neobambu, Francine Ferrari.

Mas a executiva alerta que já não basta apenas o produto ser sustentável. “É preciso cuidado com toda a cadeia: da extração do material ao momento do descarte. Clientes B2B e B2C têm isso como exigência”, conta a empresária.

O setor tem investido na redução do impacto ambiental das fábricas também. A Roca Brasil Cerámica implementou ainda em 2019 um programa de análise de ciclo de vida em sua linha de produção. Com isso, segundo a companhia, conseguiu reduzir o consumo de eletricidade (-5%) e água (-3%), além de reciclar ou reutilizar 95% dos resíduos gerados.

Importado pela Neobambu, deque externo é feito com composto à base de plástico retirado dos oceanos e tem durabilidade garantida por 50 anos — Foto: NEOMBAMBU/DIVULGAÇÃ
Importado pela Neobambu, deque externo é feito com composto à base de plástico retirado dos oceanos e tem durabilidade garantida por 50 anos — Foto: NEOMBAMBU/DIVULGAÇÃ

Na planta industrial da Portobello em Tijucas (SC), apenas 0,1% dos resíduos não são reaproveitados. Até o pó de argila que fica suspenso no ar é capturado e reinserido no processo produtivo. Outros focos de atuação são a recuperação de jazidas e o uso de água. Ainda neste ano, as três fábricas do grupo (uma delas localizada nos Estados Unidos) terão energia eólica. “Hoje, estamos muito próximos do máximo que podemos fazer para que o nosso produto seja verdadeiramente sustentável”, diz Chris Ferreira.

Presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos (Anfacer), Sérgio Magalhães diz que esse é um caminho sem volta. “Em breve, empresas que não investirem em sustentabilidade não conseguirão permanecer no mercado”, avalia.

Segundo ele, o Brasil tem uma das cerâmicas mais verdes do mundo, com gestão eficiente dos resíduos, consumo de água 30% menor na comparação com outros países produtores, baixo nível de emissões de CO2, uso de gás natural nos fornos e investimentos em biometano, energia eólica e solar. Para Magalhães, o ano de 2024 deve ser de retomada no volume de vendas após um período de queda em 2023, reflexo da diminuição das reformas das casas pelos brasileiros. “Pelos resultados do varejo até aqui, esperamos um aumento nas vendas de 11% já neste primeiro trimestre do ano”, diz o executivo.

O setor cerâmico brasileiro é o terceiro maior do mundo em produção e consumo, e o sexto no ranking de exportações, com vendas para mais de 110 países. O país tem quatro fábricas na lista das 25 maiores globais, segundo a revista Ceramic World Review.

PORTINARI E ALEX HANAZAKI LANÇAM COLEÇÃO HANA

Mais nova “collab” da Portinari que integra o portfólio 2024, a coleção Hana foi desenhada pelo arquiteto e paisagista Alex Hanazaki e apresentada na 22ª Expo Revestir, no Pavilhão São Paulo Expo, que termina hoje. As peças em elemento vazado no concreto arquitetônico, que geram uma conexão com a natureza, estão disponíveis em quatro cores no formato 10x40x10cm.

MOSTRA DE LINA BO BARDI EM SÃO PAULO

Até o dia 6 de abril acontece na capital paulista a exposição “Revived Masterpieces from Bittencourt House”, com 11 móveis icônicos criados por Lina Bo Bardi e Studio Arte Palma. A mostra tem curadoria de Sérgio Campos, expografia de Lucas Jimeno Dualde e está aberta ao público na Casa de Vidro, residência dos Bardi na Rua General Almério de Moura, 200, no Morumbi.

JADER ALMEIDA INAUGURA SHOWROOM NA CAPITAL PAULISTA

O designer catarinense Jader Almeida abre novo espaço em São Paulo para apresentar a coleção In&Out, com mobiliário para uso em ambientes internos e externos. São mesas, cadeiras, poltronas e acessórios feitos com materiais que resistem ao clima, sem dispensar o conforto. A ideia é fomentar um estilo de vida fluido, sem barreiras. O showroom fica na Avenida São Valério, 98, Morumbi.

Fonte: Externa

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