Pressão sobre Prates diminui, mas sua saída da Petrobras ainda é dada como certa | Política

por Redação 3 Leitura mínima

A pressão pela saída de Jean Paul Prates do comando da Petrobras diminuiu desde as declarações públicas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), na última terça-feira (9), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Fontes oficiais ouvidas pelo Valor, porém, ainda dão como certa a substituição do principal executivo da estatal, que deve voltar a ser tratada nas próximas semanas.

A decisão de esperar o momento mais adequado para a troca no comando da Petrobras veio, na visão de um interlocutor do governo, da percepção de que a mudança logo após as duras críticas de Silveira a Prates na semana anterior, publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo”, seria “desastrosa” para a própria empresa. E reforçaria a percepção de que o governo intervém na companhia de maneira “atabalhoada”.

Nas palavras dessa fonte, ocorreria em contexto de “muito barulho e especulações” — inclusive sobre a potencial escolha de Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), para assumir o posto.

Outra razão que teria levado o governo a jogar a decisão mais para frente está relacionada ao estilo e à própria personalidade de quem daria a palavra final, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação é que o presidente, além de ser alertado por auxiliares, “nunca responde a pressões” diante da forma como as que foram colocadas sobre o governo, seja por parte do mercado ou do seu entorno.

“Letargia” com agenda de investimentos da Petrobras

A principal razão para a saída de Prates, justificada nos bastidores, é a “letargia” com que ele conduz a agenda de investimentos da Petrobras, considerada estratégica para o governo. Isso inclui temas que vão do investimento em refinarias, passando por plantas de produção de fertilizantes à reativação da indústria de estaleiros.

Com a pausa no embate direto com Silveira, Prates ganha tempo para convencer Lula de que está empenhado em atender os anseios do governo à frente da Petrobras. O presidente considera a estatal fundamental para reativar a economia do país e não está disposto a assumir erros da gestão da companhia.

Fonte: Externa

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