Acompanhamento pelo sistema nacional. Nas cinco cidades, o programa realiza o acompanhamento epidemiológico com dados do sistema de notificação nacional (Sinan), para identificar o impacto do método Wolbachia na transmissão da dengue, zika e chikungunya nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com Wolbachia.
Este ano, vamos atender mais seis municípios, a pedido do Ministério da Saúde: Joinville (SC), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Presidente Prudente (SP), Uberlândia (MG) e Natal. A expectativa é que os mosquitos sejam liberados a partir do final deste semestre. Ao todo, 1,7 milhão de pessoas nestes municípios serão protegidas
Luciano Moreira
Fábrica de mosquitos
Produção de mosquitos é gargalo para atender demanda. No ano passado, a World Mosquito Program (WMP), a Monash University em Melbourne, na Austrália, a Fiocruz e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) anunciaram parceria para a criação de uma joint venture.
A nova empresa vai construir a maior biofábrica de mosquitos Wolbachia do mundo. Serão até 100 milhões de ovos de mosquito por semana para atender uma demanda de 70 milhões de brasileiros em dez anos, disse o líder do método Wolbachia Brasil.
O método começou a ser usado na Austrália, entre 2008 e 2009. No Brasil, existe desde 2012, aplicado pela Fiocruz no bairro Tubiacanga, no Rio de Janeiro. Mesmo com a eficácia comprovada, o pesquisador explica que os resultados são vistos a longo prazo.