Pela manhã, o rendimento do título do Tesouro americano de dez anos voltava a cair, saindo de 4,264% para 4,246%. Os contratos futuros dos índices acionários de Wall Street exibiam leve alta, com o Dow Jones avançando 0,11%, o S&P 500 em alta de 0,13% e o Nasdaq em avanço de 0,11%. Se esses mercados dão a leitura de uma leve intenção por buscar ativos de risco pela manhã, o mesmo movimento não se confirma no mercado de câmbio. O dólar permanece forte globalmente, com o índice DXY valorizando 0,36%, aos 104,380 pontos. A moeda americana também avança 0,48% frente ao peso mexicano e 0,91% contra o rand sul-africano.
Na última sessão, o real conseguiu conter parte do avanço do dólar, na esteira dos efeitos de um Comitê de Política Monetária (Copom) mais “hawk” (conservador). Se não houver mais algum gatilho local hoje, a moeda brasileira pode voltar a ser penalizada com consistência. Cabe lembrar que nesta semana o nível de R$ 5 chegou a ser quebrado e o dólar até encostou no patamar de R$ 5,05.
Aqui no Brasil, o que pode destravar movimentos seja no câmbio, nos juros futuros e na própria bolsa, é a questão fiscal. Ontem, já depois do fechamento do mercado, o Supremo Tribunal Federal (STF) reverteu sua própria decisão de 2022 e derrubou a possibilidade de aposentados revisarem benefícios na chamada “revisão da vida toda”. Só do atraso dos últimos cinco anos, havia uma projeção de impacto de R$ 340 bilhões com revisões. Além disso, hoje os ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgam o relatório bimestral sobre receitas e despesas. A apresentação dos números deve ocorrer às 10h (horário de Brasília) e deverá trazer o quanto o governo pretende bloquear e sua meta fiscal para este ano.