Juros futuros acompanham os Treasuries e fecham em queda | Finanças

por Redação 3 Leitura mínima

O alívio observado no mercado americano nesta terça-feira (9) abriu espaço para uma retirada de prêmios ao longo de toda a extensão da curva de juros. Na véspera da divulgação dos índices de inflação nos Estados Unidos e no Brasil, agentes financeiros aproveitaram para ajustar posições, após a alta expressiva observada na curva local ao longo das últimas semanas.

Os últimos dias vinham sendo marcados por um movimento de elevação expressiva na curva de juros local. Em meio às incertezas relacionadas à continuidade do processo desinflacionário no Brasil, sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos e em um ambiente de piora nas perspectivas de risco político doméstico, agentes calibraram suas apostas para a extensão do ciclo de cortes de juros do BC e a Selic terminal passou a rondar os 10% na precificação do mercado.

Hoje, na véspera da divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil, um alívio observado nos juros americanos permitiu uma correção no mercado doméstico. No fim do dia, o rendimento da T-note de 2 anos caiu de 4,799% para 4,751%, enquanto o rendimento da T-note de 10 anos recuou de 4,430% para 4,365%.

Outro fator a ser observado, segundo o profissional da tesouraria de uma instituição local é o posicionamento leve do mercado e o elevado grau de pessimismo dos agentes locais. “Outro aspecto importante a ser mencionado é o quão leve está o posicionamento local. Nosso mapa de calor atingiu o nível “zero bound”: essa é a menor exposição ao Brasil, pelo menos desde o pico de pessimismo após a eleição de 2022″, aponta.

Segundo ele, os resgates contínuos na indústria local estão causando uma desalavancagem maciça dos riscos e isso está impactando negativamente a confiança dos investidores – e reduzindo a zero a tolerância à perda de dinheiro. “Por outro lado, há algumas casas com apostas pessimistas: tomadas em juros e/ou compradas em dólar. Portanto, amanhã será uma sessão importante. Um grande alívio ou outra grande frustração”, afirma.

Mesmo após a onda recente de pessimismo, a estrategista Gisela Brant, do J.P. Morgan, revelou que o banco continua a adotar posição aplicada no DI para janeiro de 2026 e mantém recomendação “overweight” para os juros locais.

“Esperamos que o Banco Central permaneça cauteloso no curto prazo, dado o ritmo mais moderado da desinflação e o recente aumento do ruído político, mas pensamos que os dados ainda validam uma tendência benigna dos preços que permitirá ao BC continuar a cortar os juros, com espaço para uma taxa terminal menor a ser precificada num contexto de cortes de juros pelo Fed”, informa a estrategista em nota enviada a clientes.

— Foto: Pixabay

Fonte: Externa

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