Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR) rebateu as críticas feitas pelo ex-governador paranaense Roberto Requião, ao anunciar sua desfiliação da legenda. A dirigente disse lamentar a saída, mas chamou de injustas as observações do ex-correligionário.
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Por meio de postagens e vídeo nas redes sociais nos últimos dias, Requião fez diversas observações sobre o partido e disse que a frente ampla, formada na campanha eleitoral para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, transformou-se numa frente que “traz cada vez mais desesperança”. O ex-governador, também ex-senador, disse ver “regressão” nos rumos do terceiro mandato de Lula, que estaria, segundo ele, se associando a práticas da direita.
Gleisi rebateu que a frente formada na campanha foi importante para livrar o país de um governo de extrema-direita, em referência ao candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL). “Nosso governo reconstruiu políticas públicas que atendem os mais pobres, retomou a geração de empregos, fez crescer o salário e a renda, além de defender a democracia e enfrentar os golpistas. Isso é muito diferente de ‘aderir à direita'”, escreveu a dirigente em suas redes.
Requião pertenceu ao PT por apenas dois anos, depois de sair do MDB. O descontentamento do ex-governador se intensificou com as negociações do PT para a disputa pela Prefeitura de Curitiba neste ano. O ex-governador defende candidatura própria, mas a direção nacional vem indicando que apoiará o deputado federal Luciano Ducci (PSB), adversário de Requião.
As críticas recentes a Lula incluíram também o fato de o presidente ter se aproximado do atual governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), outro adversário de Requião. “Lula e Rato, juntos, anunciam o pedágio do Paraná! Um erro monumental”, afirmou o ex-governador.
