“No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos”, escreveu a ex-presidente Dilma Roussef e agora presidente do Banco de Desenvolvimento (NBD), neste domingo (31), data que marca 60 anos do golpe militar no Brasil.
Dilma foi presa e torturada pela ditadura militar em 1970 pelo crime de “subversão” ao participar de grupos de militância de esquerda que se opunham ao regime. Na época, ela foi condenada a seis anos e um mês de prisão, além de ter os direitos políticos cassados por dez anos. Porém, conseguiu redução da sua pena e saiu da prisão em 1972, segundo o portal “Memórias da Ditadura”, do Instituto Vladmir Herzog.
No X, a ex-presidente relacionou os ataques à sede dos três poderes realizados no ano passado com o regime militar na época da ditadura: “Manter a memória e a verdade histórica sobre o golpe militar que ocorreu no Brasil há 60 anos é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como quase ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023”, escreveu.
Tampouco resgata aqueles que apoiaram o ataque às instituições, à democracia e aos ideais de uma sociedade mais justa e menos desigual.
Ditadura nunca mais!
— Dilma Rousseff (@dilmabr) March 31, 2024
A publicação de Dilma se dá num contexto de poucas manifestações e atos em lembrança do dia, após pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que governo não realize manifestações ou eventos oficiais relacionados ao assunto, em aceno à uma reaproximação com os militares.
*Supervisão de Marcos Rosendo