Em nota divulgada pelo Instituto Marielle Franco, a família da vereadora, executada a tiros em março de 2018 junto de seu motorista Anderson Gomes, destacou que hoje é um dia histórico para a democracia e passo importante na busca por justiça, porém, chama a atenção para o fato das prisões serem preventivas e, portanto, ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada.
“É importante não perdemos de vista que até o momento ninguém foi efetivamente responsabilizado por esse crime, entre os apontados como executores e mandates. Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse. Mas, os esforços coordenados das autoridades são uma centelha de esperança para nós familiares”, informa a nota assinada por Marinete, Anielle, Antônio e Luyara.
A família ainda ressalta que Marielle era uma parlamentar eleita com mais de 46 mil votos na cidade do Rio de Janeiro e tinha uma atuação voltada à garantia de direitos para a população fluminense e melhoria das condições da vida de toda a cidade, com atenção para aquelas e aqueles que comumente tem seus direitos fundamentais violados: moradores das favelas e periferias, pessoas negras, mulheres, trabalhadores informais.
“Sua luta era por justiça social, garantia de direitos básicos para a população. E é por essa razão que sua luta não termina com seu bárbaro assassinato e de seu motorista, Anderson. A resolução do caso é central para nós, mas não apenas. Hoje, falamos da importância desta resposta para todo o Brasil, os eleitores de Marielle, para defensoras e defensores de direitos humanos e para a população mais vulnerabilizada desse país”, destaca ainda a nota.
Em nota, a família ainda reconhece o empenho da Procuradoria Geral da República, da Polícia Federal, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e do Ministro Alexandre de Moraes do STF para avançar por respostas sobre o caso. “Agora aguardamos o resultado da condução da investigação e a eventual denúncia dos mandantes e de todos os responsáveis pelas obstruções da justiça”, informa a família que ainda ressalta que “são mais de seis anos esperando respostas sobre quem mandou matar Marielle e por quê?”.
“Neste dia de dor e esperança nossa família segue lutando por justiça. Nada trará nossa Mari de volta, mas estamos a um passo mais perto das respostas que tantos almejamos”, destaca nota.