Brasil fecha safra 2023/24 de cana com recorde de 700 mi ton

por Redação 3 Leitura mínima

Divulgação

Caminhão com cana em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto (SP)

A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 alcançou 713,2 milhões de toneladas, marcando um novo recorde do setor, principalmente por ganhos de produtividade, disse nesta quinta-feira (18) a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), consolidando números enquanto a nova safra (2024/25) está sendo processada.

No levantamento, o órgão elevou sua previsão para a safra frente às 677,6 milhões de toneladas estimadas em novembro do ano passado.

Em 2023/24, foi a primeira vez que o Brasil, maior produtor e exportador de açúcar do mundo, teve uma colheita de cana acima de 700 milhões de toneladas, superando um recorde que já durava oito anos, estabelecido em 2015/16 (665,6 milhões de toneladas).

Já a produção de açúcar do Brasil foi estimada em recorde de 45,7 milhões de toneladas em 2023/24, contra 46,8 milhões de toneladas da previsão anterior. Houve um aumento de 24,1% na comparação com a temporada 2022/23, pelo avanço da colheita e também com maior destinação de cana para a fabricação do adoçante, mais rentável que o etanol.

Com a alta na produção, o Brasil exportou 35,2 milhões de toneladas de açúcar na safra 2023/24 (abril a março), aumento de 26,8% na comparação com o do ciclo anterior, segundo dados do governo.

“Este valor recorde se dá principalmente em virtude de menores embarques de importantes produtores como Índia e Paquistão, que sofreram com problemas climáticos, o que aliado ao cenário de aumento nas cotações internacionais, beneficiou o mercado de países como o Brasil e Tailândia”, disse a Conab.

Etanol

No caso do etanol, somando o produto da cana e do milho, a produção nacional foi estimada em 35,6 bilhões de litros em 2023/24, ante 34 bilhões projetados anteriormente, o que levou a um crescimento de 15% ante a safra passada.

Além do aumento da safra, há uma crescente produção de etanol proveniente do milho, “que neste ciclo continuou demonstrando incremento e ajudou a alavancar a quantidade total de etanol obtida.

A fabricação de etanol de milho cresceu 33,1%, chegando 5,9 bilhões de litros. A região Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso, é a grande produtora, porém já há registro de produção do biocombustível do cereal em Estados como Alagoas e Paraná, destacou a Conab.



Fonte: Externa

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