O bitcoin (BTC) opera em queda nesta sexta-feira (12) depois de tentar uma recuperação na véspera e chegar a superar os US$ 59 mil, mas voltar aos US$ 57 mil no fim do dia. No radar, o governo alemão enviou mais 3.448 bitcoins para outras carteiras e recebeu 500 BTCs de volta. Segundo o site “The Block”, as autoridades alemãs possuem agora 6.146 bitcoins, o equivalente a US$ 350 milhões para vender, de um total de 50 mil unidades da criptomoeda que foram apreendidas do site de pirataria Movie2K em janeiro.
Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, ontem foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 78,9 milhões. Foi o quinto pregão consecutivo em que as compras de cotas superaram as vendas. O principal responsável pelos fluxos de entrada foi o IBIT, da BlackRock, com US$ 72,1 milhões, enquanto o FBTC, da Fidelity, teve fluxo positivo de US$ 32,7 milhões.
Perto das 10h31 (horário de Brasília) o bitcoin cai 2,2% em 24 horas, cotado a US$ 57.545 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem queda de 2,8% a US$ 3.091, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,24 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta desvalorização de 1,2% a R$ 315.877, enquanto o ether recua 1,47% a R$ 16.989 de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) tem queda de 3,9% a US$ 137,42, o BNB (token da Binance Smart Chain) registra perdas de 1,7% a US$ 527,91 e a avalanche (AVAX) recua 2,5% a US$ 25,38.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, a falta de força compradora para as criptomoedas também é um efeito colateral do mercado de ações. “Só o S&P 500 vem de uma tendência de alta forte desde outubro do ano passado. Agora, está começando a se criar uma sensação de esgotamento e de iminência de uma realização de lucros mais forte”, afirma.
Já André Franco, head de análise do MB, destaca que um relatório do JP Morgan projetou que o mercado cripto irá se recuperar em agosto, com o fim das liquidações de bitcoins pela exchange falida Mt. Gox e pelo governo alemão. “O banco reduziu sua expectativa de fluxo líquido acumulado no ano para cripto de US$ 12 bilhões para US$ 8 bilhões. Este contexto é muito do que temos visto, com um crescimento dos ETFs de bitcoin nos EUA e uma queda forte das criptomoedas”, avalia Franco. “A expectativa é que, acabadas as vendas desses agentes, o mercado volte a buscar novas máximas.”