O Banco da Amazônia (Basa) informou nesta terça-feira que submeteu à aprovação dos acionistas a proposta de aumentar o capital social da instituição em até R$ 2 bilhões por meio de uma oferta de distribuição primária de ações. Conforme antecipado pelo Valor, os recursos da potencial oferta devem ser utilizados para expansão da carteira de crédito. A instituição também propõe um desdobramento dos papéis da companhia.
“Optamos pelo ‘follow-on’ porque quando olhamos o banco como empresa, em termos de resultado, vemos que temos números sólidos e consistentes nos últimos anos. Há interesse dos investidores. A combinação disso com a responsabilidade socioambiental torna o banco um ‘case’ único aqui no Brasil”, diz Lessa. “Todas as novas avenidas de crescimento que a gente está pensando, recursos que estão vindo de agências multilaterais, tudo isso requer capital para podermos ampliar nossa capacidade de crédito na região Norte.”
A assembleia geral extraordinária para avaliação do tema está marcada para 26 de abril. Em fato relevante divulgado há pouco, o Basa esclarece que a deliberação diz respeito apenas à autorização para que a administração do banco dê seguimento às análises e estudos acerca da possível realização da oferta.
A instituição acrescenta que o consequente aumento do capital social mediante a emissão de novas ações, bem como a definição de seus termos e condições, estão sujeitos a fatores como as condições do mercado de capitais, a obtenção das aprovações necessárias (incluindo as aprovações societárias, governamentais e regulamentares aplicáveis), as condições políticas e macroeconômicas nacionais e internacionais e o interesse de investidores.
De acordo com Lessa, a ideia é trazer investidores locais e internacionais com olhar ambiental. “Estamos vendo uma janela de oportunidade, com o que temos monitorado com os assessores, no final do segundo trimestre, mas com mais chance de ser no início do terceiro trimestre. Queremos estar preparados se essa janela aparecer.”
Adicionalmente, o banco informou que submeteu à assembleia a proposta de aprovação do desdobramento (“split”) das ações de emissão do banco, na proporção de 1:3, com o objetivo de aumentar a liquidez dos papéis no mercado secundário. A medida visa deixar o preço das ações “mais alinhado com a faixa de cotação típica das demais companhias listadas na B3″. Caso aprovado, o capital social do banco passará a ser dividido em 168.174.945 ações ordinárias.