A companhia aérea Azul registrou no primeiro trimestre deste ano um prejuízo líquido de R$ 1,05 bilhão, alta de 43% nas perdas contra o prejuízo líquido de R$ 736,6 milhões de igual período do ano anterior. O salto reflete despesas monetárias e cambiais.
Amparado por uma boa demanda por transporte aéreo, o grupo registrou no trimestre uma receita de R$ 4,68 bilhões, alta de 4,5% contra um ano antes e recorde para o período. Apenas com transporte de passageiros, a receita saltou 4,5%, para R$ 4,36 bilhões.
O preço da tarifa ajudou a companhia. O indicador que mede o preço médio pago pelo passageiro para voar um quilômetro atingiu R$ 0,498, um recorde para um primeiro trimestre e 2,8% maior do que em igual período do ano passado.
Já em volume, foram transportados 7,2 milhões de passageiros no trimestre, alta de 2,1% na comparação anual.
O Ebitda atingiu um recorde para um primeiro trimestre, aumentando 37% no ano para R$ 1,4 bilhão, com uma margem de 30,3%.
O resultado financeiro que pesou nos números ficou negativo em R$ 1,9 bilhões, salto de 146% nas perdas. Apenas com variações monetárias e cambiais a empresa teve uma perda líquida de R$ 847,3 milhões no trimestre contra um ganho de R$ 551,5 milhões um ano antes, devido à depreciação de 1,6% do real brasileiro em relação ao dólar americano no final do período, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira.
Ao fim do trimestre, a dívida líquida da empresa era de R$ 20,87 bilhões, alta de 7,7% na comparação com o período imediatamente anterior e de 9,9% na comparação anual. O endividamento (dívida líquida sobre o Ebitda) ficou em 3,7 vezes, queda de 1,4 ponto contra igual trimestre do ano anterior.
Em carta que acompanha as demonstrações financeiras, o diretor-executivo, John Rodgerson, disse que a Azul encerrou o trimestre com uma “sólida posição de liquidez” de R$ 2,7 bilhões, representando 14% de receita dos últimos doze meses.