A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou a pesquisa “Taxa Rosa: Por que é mais caro ser mulher?” nesta sexta-feira, 8. O objetivo é conscientizar sobre a prática da “taxa rosa”, que consiste em uma prática de mercado de cobrar mais caro por produtos destinados especificamente para mulheres. O material completo está disponível aqui.
A pesquisa foi realizada de forma online e presencial em estabelecimentos de Juiz de Fora e comparou preços entre versões comuns e ditas específicas para mulheres dos seguintes produtos: shampoo, lâmina depilatória, desodorante, remédio para dor e caderno. Nas variações observadas pela internet, o shampoo foi o produto com maior variação de preço, sendo o destinado para mulheres R$10,72 mais caro que a versão específica para homens. No levantamento presencial, o produto com maior variação foi o remédio para dor, que não apresentou igualdade de preço nos quatro estabelecimentos observados.
A supervisora de estudos e pesquisas, Gisele Zaquini, reforçou que a orientação do Procon para escapar da “taxa rosa” é ponderar se um produto de outra cor, que é um equivalente perfeito daquele item na cor rosa, é uma escolha mais econômica. “As mulheres historicamente enfrentam diversas barreiras sociais e no mercado de consumo não é diferente, visto que produtos e serviços voltados para mulheres podem ser mais caros simplesmente pelo fato de serem voltados para nós. Por isso é importante alertar a todas sobre a importância da contínua pesquisa de preços e da atenção às estratégias de marketing e precificação. Afinal, não precisamos pagar mais por sermos mulheres.”